quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Its all about me


Estava satisfeita, mas só por enquanto. "Nada é pra sempre.", ela diria.
Eu estava lá e de repente eu não estava mais sozinha.
"Não concordo.", diria eu.
Eu, tão cheia de duvidas e ela, tão certa de tudo.
Eu passei do ponto, talvez tenha sido esse o erro. Eu aconteci tarde demais. Se ainda da tempo de ser feliz eu não sei, mas vou tentar. Quando de peito aberto a felicidade inunda, eu me sinto tranquila.
"Você sabe que sou mais inteligente.", diria ela.
Isso é verdade. Outra coisa que também é verdade é que nunca a vi mentir, nunca pra mim.
"Eu sei. Confio mais em você que em mim mesma.", diria eu.
E talvez isso fosse um erro. Talvez eu devesse confiar mais em mim, talvez eu tivesse potencial. Mas será que é possível que ela estivesse errada?
Nessa confusão a noite rola e me enrola sem me dar resposta.
As coisas estão começando a mudar, novos ventos, novos belives.

A vida agora talvez nem me dê mais vontade de viver. Nunca sozinha, mas sempre solitária. É um sentimento sem fim de nenhuma esperança ou vontade. Acabou o brilho, acabou a felicidade. E eu que dizia que seria feliz pra sempre, independente do que acontecesse... essa não é mais eu. O meu medo é o eu antigo não voltar. Medo de ficar presa nesse abismo de falta. Me falta quase tudo. Me falta poesia. O que não falta é sentimento mas sentimento agora é a última coisa que eu quero. Quero vazio. Quero nada sentir, quero nada pensar, quero nada viver. Quero apenas dar passos diretos e certos pro passado. Não quero incerteza. Não quero saber, não quero continuar.
Não tenho mais canto e não me encaixo mais. Perdi a noção, um dia sim, um dia não.
No trabalho os minutos viram horas, em casa, o mesmo.
Eu não sinto saudade de alguém. Eu sinto saudade de mim. Eu me queria aqui comigo, bem agora, e pra sempre.
"O tempo passa."- Ela diria.- "Não fique assim."
Qual é mesmo o nome dela?
" O tempo parou pra mim."- Diria eu, sem esperança alguma.
"O tempo nunca para, nunca."
"É culpa minha? Foi culpa minha?"- Eu perguntaria com toda a certeza de que ela saberia a resposta.
"SIM."

Talvez fosse mesmo culpa minha e agora é a hora de aceitar.
Sinto raiva, sinto tristeza.
Não me sinto leve, na verdade, sinto um grande peso nas costas.
Talvez seja meus pecados pesando minha cruz. Meu ombro dói por dentro.
Estou cansada e já faz tempo.

Blink toca e eu não choro. Só lamento.
E meu namorado cadê?

"Aquele que você só sabe xingar?" - Perguntaria ela.
" Esse mesmo."
"Onde está?"- Ela perguntaria, não querendo um endereço como resposta.- "Ainda está no fundo do peito?"

Eu não sei responder. Foi amor? É amor? Acabou?
Disso ela sabe mais que eu.
Talvez o vento tenha levado, ou tomado, que seja.


Agora nada mais é foda-se, mas foda-se;
Um grande foda-se pra todos que leram isso até o final.
Um grande foda-se pra vida.
Um grande foda-se pra mim e pra toda minha infelicidade.

Foda-se.