quarta-feira, 9 de novembro de 2011

1,2,3,4,21


A fé é mesmo uma coisa complexa. Tem gente que diz que não é coisa. Tem gente que não tem. Fé, eu tenho. Um dia subi a R. e lá do alto do morro, eu vi o Rio sorrindo pra mim. Era a cidade e eu. Me apaixonei. Senti vontade de viver, senti vontade de voar. Com os cabelos ao vento comecei a entender, dinheiro não é o poder. Foi então que eu avistei uma luz amarela do sol, não branca da cegueira. Sentimentos inesperados floreceram dentro de mim, iam me tomando e me domando em seguida. Me senti leve. Eu já não me importava mais. Nada importava mais. Estava tranquila. O sol incidia sobre ele também e então eu percebi que ele é minha paz e não há nada mais bonito. A felicidade não era sintética e sim concreta. Eu não tenho mais medo de me entregar. Não tenho receio. Eu confio. Ás seis e pouca o sol começou a se pôr e nada seria capaz de tirar meu sorriso do rosto. Olhos nos olhos, boca na boca. O tempo parou, não podia deixar pra amanhã. E se um dia acabar eu vou me sentir bem ao lembrar, porque me faz feliz e esquecer eu não quero. Anoiteceu. Fui embora, o que fez com que eu não me sentisse mais tão leve. De vez em quando eu me pergunto se estou no caminho certo, se não estou fora do trilho. Não acho a resposta e nem faço questão de achar. Estou feliz e é a felicidade que me guia. Felicidade é meu Deus. Não queria deixar acontecer, mas ta acontecendo sem eu deixar. Não quero compromisso mas ja gosto e isso complica tudo. Ele me deu esperança. " Deixa acontecer naturalmente, eu não quero ver você chorar, deixa que o amor encontre a gente, nosso caso vai eternizar.voce ja disse que me quer, pra toda vida eternidade, quando esta distante de mim, fica louca de saudade, que a razao do seu viver sou eu, esta tudo bem eu acredito, eu nao estou duvidando disso, so que eu tenho muito medo de me apaixonar, esse filme ja passou na minha vida, e voce ta me ajudando a superar, eu nao quero ser um mal na sua vida." Não vale apena depositar sua felicidade em alguém. Eu não acredito no 'pra sempre'. Acredito que nunca vou amar alguém mais que tudo e ninguém vai ser a razão do meu viver. Não quero dar esperança de que dessa vez mudaria de opnião. Fazia tempo que eu não escrevia e isso sempre me incomodou. Queria agradece-lo por ser minha inspiração. Ursinho de dormir, talvez isso seja uma das minhas ilusões mal arquitetadas e talvez não de pra continuar. Queria ter aquario e um golfinho dentro dele. Queria algodão doce e tempo. Queria um carro e uma caixa de surpresas. Queria muita coisa mas tudo que eu tenho me satisfaz. Tudo está tão perfeito e nessa utopia eu me sinto bem. No silêncio do meu quarto eu tiro conclusões. Não ouço o cantar dos pássaros e nem as folhas das árvores que balançam em sintônia. Olho pro céu e voô para outro lugar bem longe daqui, onde a grama é mais verdes e as nuvens mais brancas. Um lugar onde o pôr-do-sol é sempre rosa alaranjado. Ouço Cassia Eller mas não era a voz dela que eu queria ouvir agora. Uma brisa invade o quarto e com ela a saudade. Uma saudade que não dói. Eu perdi tanta coisa na vida, as duas coisas que mais importavam e o sentimento de perda me corroi por dentro. Tomo banho pensando nele enquanto a lua me vigia pela janela. Pego a toalha pensando nele. A noite já não dói mais e eu me deito sem medo. Janela sem cortina, a luz do dia me acorda de manhã. Levanto, tomo café enquanto fumo o primeiro cigarro do dia. Planejo hoje, ligo o som e canto. Sinto como se nada pudesse estragar minha felicidade e não pode mesmo. Great times ar comming e eu acredito. Trabalho, na hora no almoço entro na internet. 1 hora se passa. Saio da internet Adeus.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Its all about me


Estava satisfeita, mas só por enquanto. "Nada é pra sempre.", ela diria.
Eu estava lá e de repente eu não estava mais sozinha.
"Não concordo.", diria eu.
Eu, tão cheia de duvidas e ela, tão certa de tudo.
Eu passei do ponto, talvez tenha sido esse o erro. Eu aconteci tarde demais. Se ainda da tempo de ser feliz eu não sei, mas vou tentar. Quando de peito aberto a felicidade inunda, eu me sinto tranquila.
"Você sabe que sou mais inteligente.", diria ela.
Isso é verdade. Outra coisa que também é verdade é que nunca a vi mentir, nunca pra mim.
"Eu sei. Confio mais em você que em mim mesma.", diria eu.
E talvez isso fosse um erro. Talvez eu devesse confiar mais em mim, talvez eu tivesse potencial. Mas será que é possível que ela estivesse errada?
Nessa confusão a noite rola e me enrola sem me dar resposta.
As coisas estão começando a mudar, novos ventos, novos belives.

A vida agora talvez nem me dê mais vontade de viver. Nunca sozinha, mas sempre solitária. É um sentimento sem fim de nenhuma esperança ou vontade. Acabou o brilho, acabou a felicidade. E eu que dizia que seria feliz pra sempre, independente do que acontecesse... essa não é mais eu. O meu medo é o eu antigo não voltar. Medo de ficar presa nesse abismo de falta. Me falta quase tudo. Me falta poesia. O que não falta é sentimento mas sentimento agora é a última coisa que eu quero. Quero vazio. Quero nada sentir, quero nada pensar, quero nada viver. Quero apenas dar passos diretos e certos pro passado. Não quero incerteza. Não quero saber, não quero continuar.
Não tenho mais canto e não me encaixo mais. Perdi a noção, um dia sim, um dia não.
No trabalho os minutos viram horas, em casa, o mesmo.
Eu não sinto saudade de alguém. Eu sinto saudade de mim. Eu me queria aqui comigo, bem agora, e pra sempre.
"O tempo passa."- Ela diria.- "Não fique assim."
Qual é mesmo o nome dela?
" O tempo parou pra mim."- Diria eu, sem esperança alguma.
"O tempo nunca para, nunca."
"É culpa minha? Foi culpa minha?"- Eu perguntaria com toda a certeza de que ela saberia a resposta.
"SIM."

Talvez fosse mesmo culpa minha e agora é a hora de aceitar.
Sinto raiva, sinto tristeza.
Não me sinto leve, na verdade, sinto um grande peso nas costas.
Talvez seja meus pecados pesando minha cruz. Meu ombro dói por dentro.
Estou cansada e já faz tempo.

Blink toca e eu não choro. Só lamento.
E meu namorado cadê?

"Aquele que você só sabe xingar?" - Perguntaria ela.
" Esse mesmo."
"Onde está?"- Ela perguntaria, não querendo um endereço como resposta.- "Ainda está no fundo do peito?"

Eu não sei responder. Foi amor? É amor? Acabou?
Disso ela sabe mais que eu.
Talvez o vento tenha levado, ou tomado, que seja.


Agora nada mais é foda-se, mas foda-se;
Um grande foda-se pra todos que leram isso até o final.
Um grande foda-se pra vida.
Um grande foda-se pra mim e pra toda minha infelicidade.

Foda-se.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Doesn't mean I didn't get what I deserved

Just because im losing, doesnt mean im lost. You might be a big fish in a little pond,Doesn't mean you've won, cause along may come
A bigger one

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Prédios



Eu não tenho medo dessa chuva toda lá fora, eu apenas não tenho vontade de sair. Tá, tudo bem, talvez eu não tenha coragem. Eu ando conforme o caminho se cria. O vento entra pela janela e eu me sinto tão vazia. O vento passa por mim. O vento balança a cortina, eu me sinto parte do mundo. As nuvens passam rápido no céu, tenho a sensação de que uma coisa grande vai acontecer hoje, uma coisa que era para eu saber mas não sei. O céu muda de cor, o tempo passa em preto e branco. Há uma esfera em cima do prédio em frente, uma grande esfera que gira sem parar, tudo para, só ela gira. O mundo para. Definitivamente algo grande vai acontecer hoje, o céu vai cair, vai desabar bem aqui, no nosso chão. Guerra. No final das contas a gente não tem escolhas, a gente não pode simplesmente escolher o caminho. É o caminho, que no fundo, escolhe a gente. Nós não podemos parar. O tempo voá e eu tenho medo de tudo que é futuro. Há uma tristeza profunda aqui dentro. Eu sinto como se eu não estivesse mais aqui, como se eu estivesse vendo de outro ângulo. A rua alagada não me parece uma opção. A vida passa como um filme. Eu estou num lugar onde tudo é possível, tudo está ao meu alcance. A vida de alguém acabou nesse instante, alguém morreu. Eu faço parte do caos, o caos está em mim. Eu não quero que ele vá embora. O mal me toma, dá vontade de rir. Me tirou os sentimentos e eu não ligo. Eu me sinto completa olhando pela janela. A vida é mesmo algo tão bonito! Eu já me apaixonei por ela faz tempo. Eu queria que tivesse alguém tocando piano aqui atrás, eu queria que já fosse natal. Eu queria uma coruja, queria qualquer coisa que não fosse material. Eu correria vários quarteirões se não estivesse chovendo. Talvez tudo tenha o seu próprio jeito de não fazer sentido. Eu sei que um dia o sol vai invadir isso tudo aqui, mas até lá ainda falta tempo. Luz é tudo aquilo que ilumina; ele, é tudo aquilo que me aquece. Parece inverno de novo, tudo é tão mais real. Os prédios pensam, eu tenho medo deles. Tenho medo dos prédios e o que devo fazer num mundo cheio deles? Eu queria ter algo em mim que fosse pra sempre. Construir algo indestrutível. O vento leva o tempo, que começa a passar rápido, tudo vira um borrão. O carro para, me levanto e saio, estou no mesmo lugar. Ninguém diria que eu estaria aqui, tem algo muito feliz nisso tudo. Eu me sinto feliz demais. Eu vi a noite descer e agora as luzes brilham cada um em seu lugar. Como seria se você descobrisse que as estrelas não existem? Você ainda acreditaria no sol? Você ainda rezaria por ele de joelhos no chão? Eu não sei que tipo de pessoa eu sou. Há algo tentador lá fora. É como se houvesse uma força me atraindo para a janela, a janela me quer lá perto. Quero pular pela janela. Quero pular de braços abertos, sentir a liberdade me escorrendo pelos dedos. E se você descobrisse que somos apenas peões nesse tabuleiro? Como você se contenta apenas com palavras? Um pedaço de esperança entrou pela janela, que sorte, pois o meu estoque já está acabando. Não acredito mais em tanta coisa. Tudo tem um tom meio azul. Acho que um dia o mar vai invadir todo esse litoral, acho que essa casa vai desmoronar. Tenho certeza que depois disso a areia da praia ficará branca. Tempos tranquilos, sem turbulências. Fico feliz. Eu lamento por todos aqueles que perderam alguém importante nesse ano. Eu lamento por todos aqueles que não atingiram a meta, a todos aqueles que decepcionaram alguém. Certas linhas são mais difíceis de apagar, nem todo sofrimento dói e ser sempre feliz nem sempre é o caminho mais certo para a felicidade. Na verdade eu acredito, que o mundo merecia ser um pouco mais feliz. Eu acordo e lá fora está nevando. Não sei onde estou e não faço questão de saber. Todos parecem me conhecer, faz frio. A mesa está posta, é hora do café da manha. Era um mundo de perfeitos onde eu era toda errada. Voltei para minha casa. Tudo parece igual, mas não é, no fundo eu sei que não é. Há algo estranho acontecendo. Sinto saudade de um escudo, sinto saudade de alguém do meu lado. Procuro alguém. Alguém pede ajuda, mas é tarde demais. Eu acordo e a realidade me assusta. ZUM ZUM ZUM ZUM e minha mente não para, a música me invade. Eu estou dentro de um video game, eu escalo a montanha e pego a espada da vitória. A realidade vira video game, tudo está em 2D. TUDO ESTÁ EM 2D. Eu não me importo. I dont care, I dont care. Tudo é muito colorido. Eu estou numa loja de doces e balas. As crianças não são mais as mesmas. Tudo está escuro lá fora. Eu queria saber como o fogo faz pra queimar, como a bala da arma se move no ar. Tudo faz um sentido esquisito. Tá dando pane no circuito, no circuito, no circuito. Que barulho é esse? Exponha suas verdades, be a good boy, give it back to her. Tudo que é novo é assustador. Eu tenho medo de ser mãe, medo dessa responsabilidade, medo de perder a vida que levaria comigo. Porque tudo que a gente ama acaba sendo um peso nas costas? Cheiro de cebola, forte. Tudo é muito intenso, eu queria pegar essa música pra mim, essa música tem um gosto familiar. Sinto saudades do ar puro. Eu me espreguiço, sensação gostosa, o tato aguçado, sinto como se alguém me tocasse pelo corpo todo, sinto um arrepio. Acabou de acontecer algo estranho, toda música era igual. Eu quero andar essa cidade toda, eu quero correr atras de uma borboleta, não que eu goste delas, mas... São só 10 pras 9 e o céu já começou a clarear, parece madrugada, me da vontade de sair. Me da vontade de sair e ver todas as luzes, ouvir todos os ruidos urbanos. O tempo passou e eu deitada na cama. A animação passou, olha o transtorno bipolar se confirmando. O computador tá com virus, estou com medo de perder todos os segredos que eu guardo aqui, ou de perder todas as lembranças que aqui se encontram, esse computador é minha memória. Me coloco no lugar das pessoas para analisar situações, acho isso sensato. Musicas que lembram momentos, cheiros que lembram sabores, isso tudo não é tão impressionante? Maquinas, maquinas e mais maquinas. Eu nunca conheci um marinheiro, eu nunca conheci alguém que não tivesse calcanhar. A chuva assasina não se cansa, eu não tenho esperanças para praia amanha. Eu preciso de um tempo, um tempo de tudo. Precisava fugir pra longe, para me entender, entender a vida por ela mesma. Meus olhos pegam fogo, eu presto atenção nos barulhos. Me sinto confortavel no meu quarto. Eu sou composta de opostos, sou tudo que eu queria ser, mas se você prestar atenção eu tenho 2 pés. Eu cansei de reações estranhas. Eu ouço coldplay e me lembro de tudo aquilo de ruin que aconteceu na minha vida. Não me sinto mal, me sinto leve. Eu sou leve como uma pluma, nada me afeta. Há um grande vazio. Vazio. Chuva. Virus, virus, virus. Droga! Esses sons. Carros passando, acelera. Eu não gosto, eu não quero. Porque tudo é tão confuso? Carros passando. Felicidade, felicidade. Me sinto leve. Tranquilidade. Adeus.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Tempestade


Raios e trovões povoam minha mente

Momentos tormentosos me trazem agonia

Sinto-me fraco, profundamente doente

Tempestade que não passa

Tempestade que cai, inunda

Tempestade que me arrasa

Crueza de dor profunda

Minha alma se ressente dos ventos,

Tortuosos, tormentosos

Preciso sair dessa chuva

Em busca de novos portos

A dor na tempestade se intensifica

vou morrendo aos poucos

Morrendo de dor sofrida, doída.



Por Marcos Cesar