sábado, 8 de setembro de 2018

Sincera Desilusão


Chega a ser hilário como funciona a linguagem verbal. Uma palavra é só uma palavra, o que ela significa é questão de perspectiva, que muda de pessoa pra pessoa. Parece tão simples fazer que te entendam mas a verdade é que é uma coisa um tanto complicada. Eu tenho facilidade em me comunicar, jogar conversa fora mas, por outro lado, acho muito difícil fazer com que entendam meus pensamentos ou até mesmo quem eu sou. Sou uma alma desiludida, não sou de romantizar. Na verdade, não só não romantizo como também não gosto quando alguém o faz. Gosto da verdade, nem mais, nem menos. Não "morro de pena", não "amo mais que tudo" e com certeza vivo sem você ou qualquer outra pessoa. Isso é a realidade, o que não significa que eu não fique tão sentida por ver alguém sofrer quanto uma alma romântica que se diz morrer de pena.

Talvez o uso dessas expressões seja questão de hábito cultural, provavelmente é, afinal, duvido que você já tenha visto alguém literalmente morrer de saudades, de pena ou de amor. Sendo assim, me atrevo a dizer que não é um hábito saudável atribuir a uma palavra ou expressão um sentido mistico que maqueia a realidade iludindo o ouvinte. Farsantes desenfreados, ilusionistas natos, ludibriantes e ludibriados.

Prefiro a turma dos "pés no chão" à turma dos que "vivem nas nuvens".

Quero a realidade de amores imperfeitos, de planos sem promessas, da falta de certeza.

O romantismo não me impressiona.

Um comentário:

  1. kkk ,tu se amarrava em romantizar um dia . creio que a maturidade tem te tornado cada vez mais "pé no chão"

    ResponderExcluir