Saudade daquela moçinha tão sapeca! Corria pra abraçar o horizonte de braços abertos, sem medo do que poderia encontrar por lá. Tão corajosa, até que se perdeu. Tantas noites a procura pra acabar perdida. Ninguém deu falta, só eu. Que falta, ó que falta da minha menininha.
Tão meiguinha... pensava saber de tudo, mas era pura ingenuidade. Agora fico aqui, pensando aonde ela estaria e fazendo o que. Provavelmente estaria olhando para a janela e imaginando como seria se o céu caísse e o caos tomasse conta. Provavelmente estaria sozinha sentindo a brisa entrar, meio quente, meio fria. Provavelmente, estaria indecisa de tanta coisa.
Hoje muita coisa já perdeu a graça, a menininha se foi e talvez para nunca mais voltar.
Cadê a loucura? ainda nem amanheceu!
Que vontade de sair correndo contra carros em alta velocidade, que vontade de dançar, eu e os feixes de luzes coloridos. Nada pode me parar.
Nada
Nada
Nada
Nada
Nada
Nadaa
Nadaaa
Nadaaaa
Nadaaaa vai me parar.
Eu só quero poder dizer que voltei, que estou de volta, que sou feliz!
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